Tem umas coisas que a gente tem ideia e aí demora meses pra digerir, planejar, tomar vontade e finalmente executar de uma hora pra outra, em questão de poucas horas. Não é assim? Pois foi desse jeito que aconteceu com a moringueira. Aqui eu abro um parênteses para contar que esta moringueira se chama moringueira porque ela tem uma reentrância no meio da prateleira, justamente para encaixar uma moringa, ou um filtro, ou uma talha, como você preferir. Esta belezura foi comprada numa loja de usados num passeio por Lagarto – Sergipe, por incríveis R$ 50,00 reais (sim, eu escrevi isso mesmo, cin-quen-ta-re-ais!). Veio junto com nossa mudança da Bahia para Minas e durante este tempo todo esteve ali, compondo a cena, meio maltratada, na sua humildade, toda remendada, enfim, sem tratamento algum.
Mas eis que inspirada pela mão na massa que a Ana (do blog A Casa que a minha Vó queria, ora pois) bota na vida, aquele arretamento todo e também por uma varanda que vi num blog gringo por aí e no pinterest (aliás, amamos muito pinterest, taqui o meu pessoal), juntando com o fato de certas pessoinhas aqui em casa estarem descobrindo todos os armários possíveis, resolvi numa manhã de calmaria entre o prolongamento dos sonos do marido e da filha, largar mão da preguiça, me atracar e dar cabo nos meus planos de renovação da moringueira.
Não queria nada muito complexo, de maneira que começasse e terminasse no mesmo dia, então foi preciso apenas lixar de leve (digamos que este móvel já estava lixado de nascença), aplicar fita crepe, e começar as demãos. Usei tinta Suvinil, referência J038, de um catálogo velho de uns cinco anos atrás, a qual chamamos carinhosamente por aqui de azul calcinha. Era uma sobra da oficina que eu já tinha em casa e achei que seria suficiente (e graças a Deus, foi!).
Optei por pintar o interior das portas e das laterais na cor lisa e brincar com listras variadas no tampo. A dica aqui para as listras saírem perfeitas é passar uma leve camada de massa corrida nas bordas da fita crepe de maneira a “selar” para as próximas demãos. Depois vem as demãos de tinta, intercaladas por intervalos de secagem, e por fim, voilà, o momento tão esperado: arrancar delicadamente a fita crepe e deixar a padronagem se revelar!
Simplesmente e completamente caída de amor pelo meu novo tampo! Os puxadores são Maria Pia Casa, eu os amo de paixão e comprei também por influência da Ana. Ela disse que eu podia confiar e deu tudo certo e vivemos felizes para sempre, enchendo todos os móveis de puxadores novos! Aguarde, em breve, cenas dos próximos makeovers…
Achei que a pintura deu um frescor no espaço e durante alguns dias eu sorria toda vez que passava por este corredor e via a moringueira renovada. No sol da manhã parecia que ela brilhava como nunca! Aliás, se tem uma sensação que amo ao mudar algo na decoração é essa: de todas vez que passar no mesmo lugar rotineiro dar aquela voltadinha e ooops, observar novamente, ai como tá lindooooo e sorrir!!!
E por fim, acredito que os habitantes mirins aqui de casa também aprovaram a reforma externa da moringueira. Só falta agora mamãe se prestar a melhorar o interior, que tá vergonhoso, eu admito, me perdoem, mas um passo de cada vez e sempre em frente, combinado?
E você, quer dar um pitaco sobre a renovada na moringueira? Prefere o antes ou o depois? Tem sentimento bom quando muda a decoração com suas próprias mãos ou completa uma tarefa planejada há tempos? Conta pra mim?
Amei. Eu daria uma demão de cera,ou duas. Fica lindo!
Katia, ótima observação! Eu finalizo todas nossas peças com cera de carnaúba, mas nesta aí fiquei tão feliz com o resultado e queria ver tudo pronto no lugar, que nem passei. Vai ser minha tarefa para o final de semana. Obrigada por me lembrar. Abraço!